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ANDAR PELAS RUAS DE CAXIAS

ANDAR PELAS RUAS DE CAXIAS

Hoje, por uma necessidade qualquer voltei a andar pelas calçadas das ruas do centro de Caxias do Sul, algo normal a qualquer reles mortal, mas no meu caso um soltar de amarras, quase uma alforria.

Desde o ano de 2007 isso não acontecia com tanto prazer e com tanta satisfação. Foram anos e anos aprisionado a um fantasma que dia a dia engolia parte de meus movimentos motores e que transformava lentamente meus dias em pesadelos infindáveis.

Atos tão simples, “coisas” tão corriqueiras, movimentos até inconscientes ou automatizados de um corpo, pequenas e quase invisíveis atitudes que agregam prazer e dão o verdadeiro sentido e valor a nossas tão curtas e instáveis vidas.

As calçadas continuam as mesmas, desniveladas, esburacadas, mal cuidadas, mas mesmo assim uma delicia estar ali, trocar um passo após o outro, mesmo que ainda amparado ou escorado em um par de muletas.

Andar uma, duas, três quadras, algo impensado a dois meses atrás e hoje gerador de um prazer infinito. Encontrar pessoas amigas e queridas, parar para conversar, apreciar um arbusto qualquer, sentir o vento gelado na pele exposta, enfim fazer tudo aquilo que sempre fazemos sem pensar e que quase nunca notamos o quanto bem nos faz.

Como é bom poder caminhar com as próprias pernas, e somente com elas.

Luiz Henrique da Rocha

08/07/2014


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