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O TRÂNSITO E SEUS USUÁRIOS

  • lhrocha
  • 19 de ago. de 2011
  • 3 min de leitura

O TRÂNSITO E SEUS USUÁRIOS

“Art. 214 do CTB. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não motorizado:

I - que se encontre na faixa a ele destinada;

II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo;

III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestantes:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa.

[...]

Pois é. Ando todos os dias pelas ruas de Caxias do Sul, na maioria das vezes na qualidade de condutor de veículo automotor e todos os dias fico barbarizado com o que presencio.

Imaginemos um cruzamento, com via de duas mãos, guardado por um semáforo em regime de trabalho na base de dois tempos. É óbvio, quando um sinal abre o outro fecha. Simples!

Simples no momento em que estamos conduzindo nossos veículos, mas nem tanto, pois com apenas dois tempos não deveríamos efetuar conversão à esquerda, ou seja, deveríamos seguir reto, ou efetuar o contorno de um quarteirão se nosso destino nos obrigasse a seguir para o lado esquerdo da pista em que estávamos.

Ocorre que em Caxias do Sul, a maioria esmagadora dos sinais, além de ser de dois tempos, não oferece qualquer outra alternativa ao pedestre a não ser a de disputar quase que a cotoveladas o espaço que seria destinado a ele para efetuar uma travessia.

Até ai, poderíamos dizer, “mas a culpa é dos condutores, estes mal educados!”

Mas com os semáforos regulados para apenas dois tempos, como conciliar a travessia de pedestres com o fluxo do trafego? Quando fecha para um lado, obviamente abre para o outro. E o pedestre? Como se locomove em segurança em uma situação destas?

Mas o problema não está ai. Os semáforos de três tempos seriam uma bela solução, ajudariam a evitar transtornos, estresse e acidentes fatais, sistemas de retorno e de conversão à esquerda também auxiliariam.

Quando “somos” pedestres, se usássemos rigorosamente as faixas de travessia, também auxiliaríamos e evitaríamos outro tanto de acidentes e dissabores em nossas finitas vidas.

E ai já adentro pelo mal de todos os nossos tempos. A educação, ou melhor, a falta dela. E não podemos transferir este tipo de educação para os nossos escorraçados professores, para as nossas debilitadas e maltrapilhas escolas.

Esta educação aprendemos em nossos lares. Esta educação trazemos de berço e se atravessamos as ruas de qualquer forma, em qualquer lugar é devido ao fato de não termos a educação básica, aquela que nos faz ter bom senso.

Mas como faremos isso?

São ciclistas andando no sentido contrário do trânsito, nas calçadas, nos parques, em todo o lugar!

São motoristas parados em fila dupla em qualquer tipo de via, apenas para falar com um “parceiro”!

São crianças soltas ao sabor da sorte... são taxistas ávidos por mais um cliente, motoboys atazanados por mais uma entrega, motoristas de ônibus apressados em chegar no horário a qualquer custo, motoristas de empresas pressionados por uma enorme lista de tarefas... são pessoas “urinando” no passeio público a qualquer hora do dia ou da noite!

Como faremos isso?

Creio que não faremos nada, e a ponto algum chegaremos enquanto não voltarmos a educar nosso filhos e enquanto não aceitarmos que a educação é o ponto de partida para tudo em nossas vidas. Caso contário nada teremos. Até o direito de reclamar.

Luiz Henrique da Rocha


 
 
 

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