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FUI EXPULSO DA MINHA PRÓPRIA CASA

  • lhrocha
  • 8 de jul. de 2011
  • 2 min de leitura

FUI EXPULSO DE MINHA PRÓPRIA CASA!

Dizem que para tudo sempre tem uma primeira vez.

Pois bem, hoje foi o meu dia, o dia de ser expulso de minha própria casa, casa que tentei escolher, casa que ajudei a de corar, casa que sempre pensei que me abrigava, que me isolava das crueldades do mundo, casa....

O dia mal tinha amanhecido nesta manhã de sábado, e após uma semana de intenso frio, ameaça de neve, chuva congelada, granizo, o sábado se apresentava como a redenção de mais uma semana superada.

Até ai tudo normal, movimento da rua diminuto em razão do dia, dia este que para a imensa maioria é um dia de descanso, de manutenção do corpo e da alma, de colocar as energias em seu devido lugar, mas para outros é apenas mais um dia, dia de trabalho, de atividade extra e ai por diante.

Então, o dia foi abrindo a manhã e o inferno se iniciou. Primeiro me enfronhei no travesseiro, pensando, isso não pode estar acontecendo, isso vai passar, isso vai parar... que teria eu feito para merecer este verdadeiro inferno astral em uma linda manhã de sábado?

Qual o nível de arrependimento que uma pessoa tem, ou talvez nem tenha em tornar a vida de outra um verdadeiro inferno, e os minutos iam se passando, como se cada um durasse exatamente o tamanho do infinito, como se cada um não tivesse fim, e fazendo de minha cabeça um emaranhado de ideias, de curiosidades e até de certa pitada de fúria.

Mas eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo, justamente em uma linda manhã de sábado e ainda por cima comigo.

Por contingências da vida, que reside em prédio de condomínio tem vizinhos muito próximos, apesar de que na grande maioria são ilustres desconhecidos e como tal se portam.

Se portam como se únicos fossem neste imenso mundão, coo se nada os abalasse e como se suas atitudes ninguém atingissem, e lá estava eu, a ouvir estrondos, marteladas, furadeira repicando, batidas de tábuas, furadeira novamente, e passadas duas horas eu já estava com estafa a ponto de não aguentar mais... tomei um rápido banho, vesti a primeira roupa que encontrei, peguei uns trocados, a família e fugi, fugi de minha própria residência, de meu abrigo de meu até então porto seguro.

Fui expulso de minha própria casa.

Conclusão: Ninguém está obrigado a viver como se um boneco se cera fosse, mas o “manual de sobrevivência” diz que devemos respeitar nosso semelhante e quando existir a coabitação esta deve ser em harmonia e com certeza, mas com certeza mesmo sempre ter uma pitada de consideração e de educação.

Tivesse meu ilustre e nobre vizinho de porta a consideração de anunciar a obra que por certo estava programada, eu também poderia programar melhor a minha manhã de um lindo sábado de sol.

Educação, a palavra chave para a solução, ou melhor, para evitar uma enorme parcela dos problemas de nosso dia a dia.

Luiz Henrique da Rocha

2011/08/07


 
 
 

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