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LUTA DE CLASSE

  • lhrocha
  • 29 de jan. de 2009
  • 2 min de leitura

LUTA DE CLASSE

As lutas de classe fazem parte de nosso cotidiano e consequentemente de nossas vidas.

O primeiro de maio foi escolhido como forma de lembrar as lutas que marcaram a história do movimento sindical no mundo. O dia é uma homenagem aos trabalhadores da cidade de Chicago que, em 1886, travaram verdadeiras batalhas com a força policial lutando pela idéia da classe, a de ter uma jornada de trabalho de 8 horas diárias.

Já a Sociedade Anarquista do Rio Grande do Sul diz que “a história humana representa uma corrente ininterrupta de lutas realizadas pelas massas trabalhadoras pelos seus direitos.... na história da sociedade humana esta luta de classe tem sido sempre o fator primário que determinou a forma e estrutura destas sociedades”.

Pois bem. A história parece se repetir porem sempre de uma forma a nos deixar com a sensação de ser ela, a história algo novo, algo diferente.

Em Caxias do Sul fomos surpreendidos por uma greve de fome que está sendo levada a termo pelos presos da Penitenciária do Apanhador, a mesma que recentemente foi inaugurada.

As reivindicações são várias, algumas creio que pertinentes, mas o que mais chama a atenção é a solicitação de não mais usar o uniforme da instituição, pois ele os discrimina socialmente.

E ai uma pergunta não quer calar. Um verdadeiro exercito de trabalhadores usa os uniformes de suas instituições, e a legislação em vigor os obriga a esta prática. Nem por isso temos conhecimento de que alguma classe trabalhadora tenha feito greve de fome reivindicando não mais usar o “uniforme”.

Este fato reflete bem o momento pelo qual passamos.

Usando uma expressão de meu velho Pai, “chegou o momento em que os postes estão a fazer xixi nos cães”.

Reivindicar melhor alimentação, mais horas ao sol, mais horário de visitação, reivindicar trabalho ou estudo para evitar a ociosidade e de certa forma colaborar para a ressocialização do apenado é no mínimo razoável. Mas reivindicar o não uso do uniforme já passa do aceitável.

Aplicando a expressão de meu velho Pai logo teremos de instalar tomadas de energia elétrica nas celas, pois sem elas os apenados não podem recarregar as baterias de seus celulares, utilizarem seus aparelhos de vídeo game, assistir seus programas favoritos de televisão, talvez até internet com banda larga tenha de ser colocada a sua disposição.

Partindo da “reivindicação” do não uso dos uniformes o que dizer então do Projeto de Lei 387/2007 que prevê o uso de dispositivo eletrônico para o controle de apenados no Rio Grande do Sul aos regimes semi aberto e aberto, através de rastreamento eletrônico por bracelete, tornozeleira ou chip subcutâneo, sendo dispensado de recolher-se ao local onde cumprem sua pena. (Proposição idêntica tramita no Senado Federal e estende o monitoramento eletrônico para todos os estados da federação).

As lutas de classe fazem parte de nosso meio, mas é chegada a hora de termos um parâmetro de razoabilidade caso contrário nem as medidas de segurança necessárias e urgentes para dar tranqüilidade à população poderão ser colocadas em prática, pois serão suplantadas pelas lutas de uma “determinada categoria”

Luiz Henrique da Rocha - 29 de janeiro de 2009.


 
 
 

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