LEI SECA
- lhrocha
- 17 de jan. de 2009
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LEI SECA
Sete meses se passaram desde a entrada em vigor da Lei Seca e embora parte da mídia diga que os números são estimulantes a dura realidade das estradas, das ruas e das avenidas ai esta. Vidas e mais vidas, promessas e mais promessas são ceifadas abruptamente todos os dias.
Se de uma parte a fiscalização praticamente inexiste, de outra a sociedade em sua grande maioria ignora a lei, a fiscalização e o mais grave, ignora a "vida". Motoristas continuam consumindo bebidas com teor alcoólico antes de dirigir e até mesmo em um ato de desrespeito total, enquanto conduzem seus veículos.
Se de um lado devemos investir fortemente na educação do povo, de outro lado os poderes constituídos deveriam fazer sua parte, se não para cumprir com o dever de fiscalizar, ao menos por apego e amor ao bem mais precioso que temos. A vida.
Sendo este apelo inconsistente, poderiam ao menos agir friamente e comparar matematicamente a balança financeira dos cofres do estado e da união, confrontando os gastos com deslocamento de policiais para atender ocorrências, o trabalho exaustivo de bombeiros, equipes de salvamento, ocupação de hospitais, tratamento de mutilados, medicamentos, entre tantas atividades extremamente onerosas a partir de um acidente com vítimas e ai sim noticiar números consistentes na redução de fatalidades perfeitamente evitáveis.
Ou a vida vem em terceiro ou quarto plano e a real importância é o comércio desenfreado de etílicos, para não falar em outras substâncias tão ou mais nocivas se comparadas ao álcool.
A Lei Seca cumpriu com sua real finalidade? Ela realmente é efetiva?
Com certeza não.
Luiz Henrique da Rocha - 17 de janeiro de 2009.
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