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PROSA E VERSO

  • lhrocha
  • 18 de jun de 2004
  • 2 min de leitura

PROSA E VERSO

Como já foi escrito em prosa e verso, "...somos parceiros de um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos..."

Todos nós, sem exceção temos problemas, enfrentamos dificuldades e sempre, também sem exceção imaginamos que os nossos problemas, as nossas dificuldades são as maiores, que a único e indissolúvel entrave é sempre o que conosco acontece, em suma, grotescamente falando, imaginamos que o nosso umbigo é o centro do mundo, ou a dor que sentimos é a maior que a sentida pelo nosso semelhante, ou esta não passa de algo pequeno e perfeitamente dominável, é claro, sempre que sentida por outrem.

O mais incrível, é que esta "conclusão" é hereditária, tornando-nos cada vez mais individualistas e insensíveis a dor alheia, dor esta que também pode migrar para o "nosso lado", fazendo com que venhamos a viver os dias como se todos fossem iguais uns aos outros, sem notarmos os pequenos, mas profundos detalhes que fazem deles um "exatamente" diferente do outro.

Precisamos ser solidários, participativos, e por que não mais sensíveis, não somente à nossa dor ou o que está ao curto alcance de nossos olhos, mas quem sabe possamos ser um pouco mais sensitivos e a prendermos a dividir com os que nos cercam, não somente as nossas dores, mas ter a satisfação em poder amenizar a dor presumida.

Creio que todos nos podemos e devemos fazer um pouco disso, quem sabe venhamos a fugir da monotonia, do marasmo nosso de cada dia, e quem sabe, eles, os nossos dias não venham a tornar-se "exatamente" diferentes um do outro, e não um frio exercício matemático, onde descrevemos a cada um deles, os dias, como algo que pudesse ser medido fisicamente.

Luiz Henrique

18/06/2004


 
 
 

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