POR UM MOMENTO
- lhrocha
- 8 de nov. de 2002
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POR UM MOMENTO
Por um momento, apenas por um instante, pensei que fosse capaz de parar o tempo, foi um segundo, talvez dois, mas pareceu-me que a implacável máquina do tempo estivesse emperrada.
Ainda há um instante, apenas um instante atrás, estavas aqui, junto de mim, junto do meu corpo, junto de minha alma... estavas aqui, onde a apenas um instante atrás eu sentia o teu calor, o teu hálito, o teu cheiro, ou mais que isso.
Por um instante pensei que poderia reter o tempo, que poderia congelar para sempre os momentos que tivemos as juras de amor, as trocas de carícias, os instantes de êxtase, os momentos de paz de carinhos e de carícias.... a penas um instante atrás... pensei, pensei que poderia agarrar o tempo, mas como um punhado de areia, mas ele, o tempo, ele escorre misteriosa e agilmente por entre os dedos trêmulos de nossas mãos, deixa nebulosos nossos olhos, pressiona nossa audição, faz nosso coração bater descompassada mente, deixa nossa voz trêmula e os pensamentos absortos... o tempo.
Foram momentos, foram instantes, foram fragmentos felizes de nossos finitos dias, foram segundos, que aglutinados formaram algumas horas, foram alguns instantes que permanecerão como se a eternidade fossem, foram os minutos que simularam o infinito foram as horas que marcaram o compasso desesperado de um coração batendo dentro de um peito atônito de tanta exuberância e felicidade.... foi apenas um momento, um momento em que pensei poder reter, ou quem sabe parar impiedosa máquina do tempo, foram momentos foram tempos.... foram instantes felizes.
Luiz Henrique da Rocha
08/11/2002
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